Fri, 18 Mar 2022
O CRESCIMENTO E CEMOPNRSEOSLAIDÉAÇÃO DEEUUMMA SEMPR PROCESSO DEMORADO, EXIGENTE E QUE PEDE UMA CONTINUIDADE DE APRENDIZAGEM, ADAPTAÇÃO E SUPERAÇÃO ATalkdesk surgiu há 10 anos, ainda Tiago Paiva era um jovem engenheiro, com 24 anos e com o sonho de criar uma empresa. Quando produziu a tecnologia da Talkdesk, que sempre teve como objectivo garantir um melhor atendimento ao cliente através de um serviço baseado na cloud, apesar da crença de que estava a responder a uma necessidade do mercado, ainda não existia o objectivo específico de ser um unicórnio. «Apresentei este serviço num hackathon, uma maratona de programação, em que me inscrevi porque o prémio era um MacBook e eu tinha um portátil antigo, e não tinha dinheiro para gastar num novo e foi assim que a jornada começou...», lembra Tiago Paiva, co-fundador e CEO da Talkdesk. Os objectivos da empresa para o futuro são os mesmos desde o início: permitir às organizações oferecer uma melhor experiência de serviço aos seus próprios clientes e fazer disto uma vantagem competitiva. Para tal, precisam de continuar a ser disruptivos no mercado. «Por isso, o nosso maior desafio futuro prende-se com a contratação, a nível global. Estamos a crescer a um ritmo incrível e contratamos os melhores talentos. Além disso, empregamos a maior percentagem de engenheiros de qualquer empresa no mercado dos contact centers, no entanto, este parece-me um bom desafio a considerar e enfrentar. Olhando concretamente para Portugal, temos o privilégio de ter um dos países com algumas das melhores universidades de engenharia a nível mundial e isso permite-nos procurar o melhor talento português no país com o nosso ADN, algo que nos deixa muito satisfeitos e ainda com mais vontade para superar este desafio», acrescenta. Sobre o que foi preciso para chegar a unicórnio, Tiago Paiva não tem dúvidas. «E necessário mais do que financiamento. E preciso também uma boa ideia, pessoas que acreditem na tua visão e em ti enquanto líder e muito foco no trabalho a desenvolver. No inicio sei que tive a sorte de ter ao meu lado pessoas a verem o mesmo que eu - um mercado de experiência do cliente que estava envelhecido e, por isso, pronto para ser transformado. Ao longo do tempo, foi possível perceber também que, enquanto a equipa aumentava, a premissa mantinha-se a mesma: só conseguia alcançar o que alcançava porque trabalhava com as pessoas certas», sublinha. A Talkdesk tem uma equipa altamente inovadora e trouxe experiência de algumas das empresas líderes da indústria tecnológica como a AT&T, Cloudera, Oracle, Salesforce, Sumo Logic e SAP. A empresa tem hoje mais de dois mil colaboradores, a trabalhar para os mais de 1800 clientes localizados em mais de 75 países. «Obter o estatuto de unicórnio, para a Talkdesk, resultou de um enorme esforço e trabalho de equipa, mas origina também uma responsabilidade acrescida para continuar a entregar mais e melhor a todos os que colaboram connosco: aos profissionais, aos investidores, aos parceiros e aos clientes», afirma o CEO. Neste momento, a Talkdesk vale 10 vezes mais do que a avaliação que marca a nomeação como unicórnio, e isto traz um reconhecimento generalizado, mas contribuiu também para fortalecer a imagem da empresa, posicionando-a como uma referência enquanto uma das melhores escolas de engenharia em Portugal e como um parceiro a considerar, pelos potenciais clientes, na hora de pensar na estratégia para os contact centers das empresas. «Aos empreendedores que desejem que as suas empresas cresçam, aconselho a que não desistam e sejam determinados. Além disso, é preciso que se foquem no trabalho árduo, para estarem em constante aprendizagem e poderem ambicionar o crescimento. E, não posso deixar de referir aquele que para mim é o ponto fulcral de qualquer negócio: rodearem-se e contratarem as pessoas certas», sublinha. Se olharmos especificamente para Portugal, conta Tiago Paiva, percebemos que o país tem vindo a desenvolver-se no ecossistema de inovação e empreen-» Tiago Paiva dedorismo. E os unicórnios têm um papel quase exemplar no que a este campo respeita, em grande parte, por mostrarem que é possível ser e alcançar-se mais, mesmo em áreas que até então não eram vistas como fortes no mercado. «Mas acredito que isto aconteça de uma forma transversal e não apenas cingida ao sector em que operam. Apesar de os números ainda não poderem ser comparados aos de outros países mais desenvolvidos a nível europeu e até mundial, Portugal tem percorrido um caminho de adaptação ao contexto tecnológico. Mas, para além dos muitos unicórnios e decacórnios em Portugal, devemos orgulhar-nos de existirem em Portugal reconhecidos méritos ao nível da capacidade de inovação e competitividade.» A Talkdesk nasceu há 10 anos e foi há cerca de cinco que chegou ao patamar de unicórnio. Hoje, a avaliação da empresa já é 10 vezes superior aquela que define esse estatuto. O crescimento e consolidação de uma empresa é sempre um processo demorado, exigente e que pede uma continuidade de aprendizagem, adaptação e superação. «Acredito que, agarrando na metáfora, podemos dizer que fazer um negócio crescer, prosperar e distanciar-se dos demais concorrentes, é sim uma maratona.» Portugal tem vindo a desenvolver-se enquanto um país de acolhimento de iniciativas e empresas nas áreas tecnológicas. Actualmente existem, em Portugal, sete unicórnios e já algumas scaleups a aproximarem-se do estatuto, assim como um crescente número de incubadoras e aceleradoras de startups. «Adicionando o desenvolvimento em matéria de transição digital, tanto na administração pública como no sector privado, ao facto de Portugal ser um país com políticas abertas ao investimento internacional e à existência de políticas específicas para startups, percebemos que tem vindo a existir uma movimentação para a consideração de Portugal como um hub tecnológico», conclui Tiago Paiva. OSOBJECTIVOS DA EMPRESA PARA O FUTURO SÃO OS MESMOS DE SEMPRE: PERMITIR ÀS ORGANIZAÇÕES OFERECER UMA MELHOR EXPERIÊNCIA DE SERVIÇO AOS SEUS CLIENTES E FAZER DISTO UMA VANTAGEM COMPETITIVA